segunda-feira, 4 de junho de 2018

Malanje encerra fronteira com a RDC


O governo provincial de Malanje encerrou esta semana, a circulação total de pessoas e bens ao longo dos 140 quilómetros de fronteira fluvial que os municípios de Marimba e Massango partilham com a República Democrática do Congo (RDC), noticia a Angop.

Fonte: JA

A medida está a ser cumprida à risca pela Polícia de Guarda Fronteira com vista a evitar o contágio por vírus ébola. De acordo com a Angop, apesar de muitos munícipes de Marimba e Massango estudarem na RDC e vice-versa, a medida de proibição vai prevalecer, à luz do Plano de Acção do Governo Provincial de Malanje de Prevenção do vírus ébola, que assola àquele país com 52 casos registados e 22 mortos, segundo dados recentes.

Para o êxito das acções preventivas, segundo o referido plano de acção a que Angop teve acesso, os postos fronteiriços de Quicuto, Ngola Paz, Tembo Aluma, Muheto e Bananeira, contam, cada um, com 12 efectivos da Polícia de Guarda Fronteira, igual número do Serviço de Migração e Estrangeiros, quatro técnicos de saúde e dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros. Cada posto fronteiriço integra também quatro técnicos do Instituto de Desenvolvimento Florestal e dois veterinários, assim como equipamentos de biossegurança, medicamentos, meios rolantes, entre outros, para atendimento de eventuais casos suspeitos.

A realização de campanhas de sensibilização nas escolas primárias por parte da direcção provincial da saúde, em parceria com as autoridades tradicionais, assim como a criação de uma linha telefónica para recepção de informações de eventuais casos, constam igualmente das medidas tomadas pelo Governo angolano.

O médico destacado no município de Marimba, Bartolomeu Francisco, frisou que as medidas estão a ser implementadas e considerou-as de grande-valia, tendo em conta o constante fluxo de pessoas que vinham circulando entre os dois países através da fronteira fluvial. Na região, a prática de caça é frequente. Por isso, alertou a população a não consumir a carne daí proveniente, por ser um dos meios de transmissão da doença aos humanos.

Na semana passada, a ministra da Saúde afirmou que o Governo de Angola está seriamente empenhado em travar a entrada do virús do ébola no país, a partir da República Democrática do Congo (RDC), tendo reactivado o plano de emergência e de contingência multi-sectorial.
Sílvia Lutukuta explicou que as autoridades estão a trabalhar na implementação de um sistema de vigilância epidemiológica forte, para melhor responder às ameaças à saúde pública, principalmente no actual contexto em que o ébola está a propagar-se para países vizinhos da RDC.

A ministra afirmou estarem em curso acções de promoção da saúde, prevenção de doenças e prestação de serviços de qualidade a nível primário, através da canalização dos meios e recursos, de modo a tornar os sistemas secundário e terciário capazes de satisfazer as necessidades da população. Outro desafio tem a ver com a melhoria da saúde materno-infantil, a introdução de meios para que as unidades encarregues pelo atendimento médico às gestantes tenham capacidade para realizar testes de Vih/Sida e o tratamento de casos positivos.

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