segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Cidadãs são acusadas de vender casa da mãe


Fotografia: DR


Duas cidadãs estão a ser acusadas de terem vendido, em 2018, por seis milhões de kwanzas, a casa da mãe, localizada na Cidade Baixa, do município do Huambo, por meios fraudulentos, pelo facto de a proprietária nunca ter manifestado pretensão do negócio e muito menos ter sido consultada para a realização da transacção.

As filhas terão convencido, em 2018, a mãe a deixar o imóvel, com a promessa de reabilitá-lo, em virtude da infiltração de água pelo tecto, fazendo-a acreditar que não seria recomendável que ficasse com as obras em curso, tendo sido alojada em casa de uma delas.

Vitorina Vimbuedo, a proprietária, disse ter sido “bem aldrabada” pelas únicas filhas. “Uma delas veio falar comigo, dizendo que em casa entra muita água, quando chove, convidando-me a ficar em casa dela, com a promessa de “arranjar um inquilino” e com o dinheiro do arrendamento custear a reabilitação do imóvel.

A mãe, levada pelas boas intenções das filhas, aceitou passar uma temporada em casa de uma delas, mas, conta Vitorina Vimbuedo, o comportamento da filha mudou, depois da venda do imóvel, e “passou a tratar-me muito mal”, pelo que, “devido à má conduta dela”, decidi regressar, tendo sido surpreendida com a venda da minha moradia, a um funcionário bancário, por seis milhões de kwanzas.
Em desespero, a senhora pede ajuda às instituições afins na província do Huambo, no sentido de ajudá-la a reaver a casa, por não ter onde morar.
O pastor Euclides dos Santos reprova o tipo de comportamento dessas filhas e sublinha que “os filhos só beneficiam da herança depois da morte dos pais”, para não deixá-los, enquanto vivos, em condições de precariedade.
“As filhas não estão a mostrar amor pela mãe. Elas é que deviam acolher a progenitora em todas as situações desagradáveis da vida dela e não prejudicá-la, o que pode acelerar a morte”, disse.
O sociólogo Fragoso Jorge argumentou que “conseguir um espaço, onde cabe um quarto e sala, é um grande sacrifício”, pelo que não imagina “o sofrimento dessa mãe”.

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