© Luís Barra Álvaro Sobrinho, durante a audição na Comissão Parlamentar do BES.
O ex-presidente do BES Angola defende que os acionistas angolanos do banco "roubaram 3 mil milhões aos portugueses" em entrevista à revista Visão
"Fiquei sem uma parte do banco, o BES ficou à deriva. Roubaram 3 mil milhões de euros aos portugueses". Álvaro Sobrinho, ex-presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA) e o gestor apontado como responsável pelo colapso do banco, dá esta quinta-feira uma entrevista à Visão onde refuta todas as acusações de que foi alvo.
Diz que fala agora porque "finalmente" tem liberdade e passa em revista o processo que o afastou da liderança do BESA, nomeadamente a célebre assembleia geral de outubro de 2013, na qual Álvaro Sobrinho foi pressionado depois de se terem identificado créditos de alto risco concedidos sem qualquer garantia. "Foi uma assembleia intimidatória para validar um ato ilegal, construído e manietado. Forjaram uma ata. Puseram o que lhes interessava. Interessava-lhes culpar determinada pessoa, fuzilá-la. Tudo o que dizia respeito aos acionistas, aos empréstimos gigantescos que tinham no banco não saiu em ata", acusa.
Defende que só foi confrontado com os problemas relacionados com a carteira de crédito do banco três meses após ter deixado a liderança em dezembro de 2012. Álvaro Sobrinho, que é suspeito de desviar 615 milhões de dólares num processo que envolve o Grupo Espírito Santo, do qual ainda não há acusação formalizada, defende que "os créditos dados em Angola não influenciaram a falência do Banco Espírito Santo (BES) em Portugal. O BES não faliu por causa do BESA. O BESA não vendeu papel comercial nos seus balcões".
Mais, à Revista Visão, Sobrinho afirma: "Acredito que interesses estranhamente importantes se moveram para que um grupo de pessoas tomasse de assalto o maior banco de Angola, que tinha os maiores ativos mobiliários e imobiliários", referindo-se não apenas aos homens do antigo Presidente José Eduardo dos Santos mas mais concretamente ao supervisor da banca em Angola. "O BNA viu ali um momento de ouro: há problemas no BES em Portugal, temos aqui uma dívida para saldar, e vamos fazer aqui uma manigância para não pagar essa dívida".
Diz que fala agora porque "finalmente" tem liberdade e passa em revista o processo que o afastou da liderança do BESA, nomeadamente a célebre assembleia geral de outubro de 2013, na qual Álvaro Sobrinho foi pressionado depois de se terem identificado créditos de alto risco concedidos sem qualquer garantia. "Foi uma assembleia intimidatória para validar um ato ilegal, construído e manietado. Forjaram uma ata. Puseram o que lhes interessava. Interessava-lhes culpar determinada pessoa, fuzilá-la. Tudo o que dizia respeito aos acionistas, aos empréstimos gigantescos que tinham no banco não saiu em ata", acusa.
Defende que só foi confrontado com os problemas relacionados com a carteira de crédito do banco três meses após ter deixado a liderança em dezembro de 2012. Álvaro Sobrinho, que é suspeito de desviar 615 milhões de dólares num processo que envolve o Grupo Espírito Santo, do qual ainda não há acusação formalizada, defende que "os créditos dados em Angola não influenciaram a falência do Banco Espírito Santo (BES) em Portugal. O BES não faliu por causa do BESA. O BESA não vendeu papel comercial nos seus balcões".
Mais, à Revista Visão, Sobrinho afirma: "Acredito que interesses estranhamente importantes se moveram para que um grupo de pessoas tomasse de assalto o maior banco de Angola, que tinha os maiores ativos mobiliários e imobiliários", referindo-se não apenas aos homens do antigo Presidente José Eduardo dos Santos mas mais concretamente ao supervisor da banca em Angola. "O BNA viu ali um momento de ouro: há problemas no BES em Portugal, temos aqui uma dívida para saldar, e vamos fazer aqui uma manigância para não pagar essa dívida".
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