terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Seca afecta milhares de pessoas



A situação em várias zonas rurais do Cunene é de catástrofe natural, devido à seca que afecta 284.780 dos mais de 990 mil habitantes da província.

Uma missão multissectorial chegou ontem à região para propor soluções definitivas para o problema. O governador Vigílio Tyova afirmou que o Presidente João Lourenço já disponibilizou meios financeiros para acudir as populações afectadas.

Uma delegação multissectorial coordenada pelo ministro da Administração do Território e Reforma do Estado, Adão de Almeida, está desde ontem na província do Cunene, para avaliar a situação da seca e propor soluções.

Num encontro com a população local, o ministro da Administração do Território e Reforma do Estado, Adão de Almeida, disse que o Presidente João Lourenço está bastante preocupado com a situação de seca no Cunene.

Por causa disso, criou um grupo de trabalho para visitar o Cunene e constatar a dimensão do problema e juntamente com o governo da província encontar soluções.

“Está garantido o apoio do senhor Presidente da República para algumas soluções rápidas e emergenciais que vão ser postas imediatamente em aplicação para produzir alguns resultados, e ao mesmo tempo vamos trabalhando com o governo da província e os outros ministérios para buscar uma solução profunda e sustentável para o problema da água no Cunene”, disse. 
 
A situação da seca no Cunene é um problema cíclico que afecta 284.780 dos mais de 990 mil habitantes da região.

Integrada pelos secretários de Estado para Acção Social, Lúcio do Amaral, Agricultura e Pecuária, José Carlos Bettencourt e das Águas, Luís Filipe da Silva, a delegação trabalha no município de Ombadja, para constatar a situação na comuna de Ombala yo mungo, uma das mais afectadas.

Em Novembro passado, durante a visita do Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, à região, o rei da Ombala ya naluheque, Mário Shatipamba, defendeu a reabilitação dos poços de água, com vista a atenuar a problemática da falta daquele líquido.

Na altura, o Vice-Presidente da República deslocou-se à região do Monte Negro, onde, a partir do rio Cunene, se pretende construir canais de água para abastecer o município do Curoca. Foram avançadas duas soluções: A primeira, de curto prazo, aponta para a criação de um canal para abastecer a sede municipal, Oncocua, enquanto a segunda solução, de médio prazo, visa alimentar o rio Curoca (que está seco), e este por sua vez servir as demais áreas do município. 

A nível do Governo estão a ser criados projectos para minimizar o impacto da seca na região, segundo o Vice-Presidente da República, para quem “não podemos continuar eternamente a evocar o problema de falta de água no Curoca”. “Evocar seca e estiagem neste município é extraordinário, por ser um fenómeno normal na região’’, disse o Vice-Presidente, apelando para a necessidade de preparar e auxiliar as populações com soluções duradoiras. 

Na visita ao Monte Negro (a 50 quilómetros de Oncócua, a sede municipal), o Vice-Presidente fez-se acompanhar do governador provincial, VigílioTyova, dos secretários de Estado do Ministério da Agricultura e Florestas e da Energia e Águas.

Alguns responsáveis do governo provincial e membros do Executivo não convergiram em relação a criação do canal para fazer chegar a água ao município de Curoca, a partir do rio Cunene, no Monte Negro. Alguns defenderam a construção de um canal aberto até Oncócua, enquanto outros alegaram que o mesmo não seria eficaz em termos de garantir maior injecção ou pressão do precioso líquido.
O governador do Cunene sugeriu, por exemplo, que nas zonas não-produtivas o canal de transporte de água seja fechado. Outros entendem que nas zonas de maior concentração populacional sejam construídos grandes reservatórios. A preocupação com as consequências da seca é permanente. Em Janeiro de 2018, o Curoca recebeu a visita de um grupo de deputados do MPLA.

Jornal de Angola

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