quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Libia: Exército elimina rebelde mais procurado no país


Grupos rebeldes na Líbia mantêm ligações à al-Qaeda e à Frente al-Nusra que actuam na Síria
Fotografia: DR


Tido como um dos terroristas mais perigosos da rede al-Qaeda e mais procurado em todo o mundo, Adel Ahmed al-Abdelli, também conhecido por “Abou Al-Zoubeir al-Libi”, foi esta semana eliminado pelas forças do Exército Nacional Líbio no sul do país, anunciou ontem à imprensa o major-coronel Ahmed al-Mesmari, um porta-voz do Comando do Exército.

A acção do Exército realizou-se numa operação especial de grande envergadura, quando as forças líbias perseguiam “grupos terroristas, traficantes e outros criminosos”, disse o porta-voz.
Antes, na sua página oficial do Facebook, o major-coronel al-Mesmari tinha escrito que “a sala das operações de al-Karama anunciou que o líder terrorista da organização extremista al-Qaeda, Abdel Ahmed al-Abdelli, foi abatido durante um ataque realizado no bairro de al-Hajjara, em Sebha, 800 quilómetros a sul de Tripoli.

Na mensagem era sublinhado que “Abou al-Zoubeir era um terrorista muito perigoso que aderiu à al-Qaeda na Síria, tendo sido deportado em 2004 para a Líbia onde chegou a estar detido.

O porta-voz militar disse que as relações do terrorista tinham ramificações à Fren-te al Nusra, na Síria, bem co-mo ao terrorista Abdel Moneim Hasnaoui Abou Talha, morto durante uma operação especial similar pelas forças armadas na semana passada.

Enquanto isso, a Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL) denunciou ontem um ataque co-metido na cidade de Benghazi, no leste do país, por uma força de segurança afecta ao Ministério do Interior do Governo Interino, não reconhecido pela comunidade internacional.
A representação da ONU disse estar “profundamente perturbada” pelo ataque a um café em Benghazi, onde dezenas de mulheres estavam reunidas e pelo aprisionamento do seu pessoal, pedindo a libertação imediata dos detidos e a protecção do direito das mulheres se reunirem em locais públicos.
O incidente provocou um amplo debate nas redes so-ciais, particularmente depois de o Ministério do Interior do Governo interino ter declarado que o ataque ocorreu durante uma “festa mista de homens e mulheres”.
O Ministério do Interior declarou que as forças de segurança confiscaram todos os equipamentos, máquinas, dinheiro, dados e papéis usados para jogos, pertencentes ao dono do estabelecimento, e dos clientes.

Apoio aos imigrantes

A Organização Internacional das Migrações (OIM) revelou ontem que em 2018 mais de 16 mil migrantes conseguiram voltar aos seus países graças ao programa de ajuda ao regresso humanitário voluntário.

Os campos de refugiados albergam milhares de mi-grantes que foram socorridos no mar ou detidos pelos serviços de segurança.
A Líbia tornou-se num ponto de partida privilegiado para os clandestinos que procuram atravessar o Mediterrâneo em direcção à Europa, aproveitando-se do caos que reina neste país da África do Norte, desde 2011.
As autoridades líbias libertaram 164 migrantes clandestinos nigerinos através do aeroporto de Misrata, 220 quilómetros a leste de Tripoli, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Para a OIM, estes movimentos demonstram a continuação do programa do regresso voluntário dos mi-grantes bloqueados na Líbia, em coordenação com as autoridades locais.
A OIM anunciou, esta semana, na sua página do Facebook, que continua a fornecer assistência aos emigrantes na Líbia com o apoio da União Europeia e em coordenação com as autoridades.
No seu último relatório sobre essa questão, divulgado em finais do ano passado, o Alto Comissariado das Na-ções Unidas para os Refugiados (ACNUR) estimou em cerca de 5.700 o número de refugiados e requerentes de asilo detidos em centros de contenção oficiais na Líbia.

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