segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Angola representada no centenário da OIT



A embaixadora Margarida Izata, representante permanente de Angola junto do Escritório das Nações Unidas e outras Organizações Internacionais com sede em Genebra, Suíça, representa o país nas actividades comemorativas do centenário da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que decorrem desde o dia 23 de Janeiro.

Este ano, as comemorações decorrem sob o lema “Promoção da Justiça Social e do Trabalho Decente”. Na cerimónia oficial de abertura do evento, o destaque foi a presença do Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que procedeu à apresentação do relatório da Comissão sobre o Futuro do Trabalho. 

O estadista sul-africano, que esteve em Genebra na qualidade de co-presidente da Comissão sobre o Futuro do Trabalho, destacou o progresso tecnológico, as mudanças climáticas e o desenvolvimento demográfico como “novas forças que estão a transformar o mundo do trabalho”.
Por seu turno, a diplomata angolana, que assistiu ao corte oficial da fita que simboliza os 100 anos de existência da OIT, disse ser uma oportunidade ideal para se reflectir sobre os feitos que marcaram a história da organização.

Margarida Izata considerou que “a OIT tem desempenhado um papel preponderante nas questões da História recente, essencialmente na descolonização, criação do solidarismo e no estabelecimento de um quadro ético e produtivo para uma globalização justa”. Angola, note-se, foi membro do Conselho de Administração da OIT no período de 2011 a 2017, tendo presidido a este órgão entre 2014 e 2015.
A Comissão Mundial sobre o Futuro do Trabalho realizou uma revisão completa do futuro do trabalho, cujo principal relatório descreve os passos necessários para construir um futuro de trabalho que ofereça oportunidades de emprego decente e sustentável para todos.

O relatório pede uma agenda centrada no ser hu-mano para o futuro do trabalho que fortaleça o contrato social colocando homens e mulheres, bem como o trabalho por estes realizado, no centro da política económica e social e das práticas corporativas.

Este programa baseia-se em três áreas de acção, que juntas criarão crescimento, equidade e sustentabilidade para as gerações presentes e futuras, nomeadamente, no aumento do investimento no potencial humano, no investimento em instituições trabalhistas e no investimento em trabalho decente e sustentável.

As actividades comemorativas do centenário da Organização Internacional do Trabalho têm o seu apogeu no mês de Junho, com a realização da Conferência Internacional do Trabalho em Genebra, na qual está prevista a participação de vários Presidentes e Chefes de Governo de todo o mundo. 

A OIT foi criada em 1919 sob os auspícios do Tratado de Versalhes, com o término da I Guerra Mundial, incorporando a convicção de que a paz universal e duradoura só podia ser construída com base na justiça social.

Como única “agência tripartida” das Nações Unidas, a OIT junta representantes de governos, empregadores e trabalhadores de 187 Estados membros para estabelecer padrões internacionais, desenvolver políticas e desenhar programas para promover o trabalho decente para todos os homens e mulheres do mundo.

Jornal de Angola

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